Por Joab Ricardo (O Lobo).
Infelizmente vivemos em uma sociedade que desconhece completamente as funções do legislativo e do executivo. Às vezes, os nossos próprios representantes desvirtuam suas funções, se metendo em coisas que em nada tem a ver com eles. Tudo é parte de uma cultura que ao longo dos anos vem sendo alimentada, pois “quebrar um galho” de um eleitor em potencial pode fazer a diferença nas próximas eleições.
É comum a população chamar o vereador para resolver problemas na iluminação pública, vaga nas escolas falta de merenda, instalação de lombadas (em Bacabal barreiras de contenção), cestas básicas entre outras demandas que são de competência do executivo. Se o prefeito fizer o básico pela cidade essas demandas diminuem consideravelmente e o vereador deixa de ser um instrumento na mão do prefeito e de seus secretários, acabando com a prática do “toma lá, da cá”.
Quem paga o vereador é o povo e não o prefeito, o executivo e legislativo são órgãos independentes. O vereador não pode e não deve estar a serviço do prefeito mesmo que isso lhe renda um carneiro de raça, um “troquinho” por fora, alguns empregos entre outras vantagens. O edil que deseja andar de cabeça erguida deve obedecer aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Infelizmente o que vemos hoje é uma dependência vergonhosa desses poderes, tudo em nome do povo (entenda povo da sua casa e amigos íntimos).
O vereador ainda é muito acionado para resolver questões extremamente pessoais de seus eleitores (ou possíveis eleitores) como; ajudar a pagar um carnê em atraso do Armazém Paraíba, botar um crédito no celular (da gata?), liberar uma moto apreendida pela polícia (em Bacabal tem isso?), trocar um botijão de gás, “ajeitar” para que o amigo seja atendido primeiro no hospital, fazer a chuva parar (em Bacabal teve isso?), entre outras coisas que caracterizam desvio de função. Se a real função de um vereador é apresentar projetos, discutir politicas públicas, fiscalizar, denunciar irregularidades então nenhum desses pedidos devem ser feito a ele.
O seu representante na câmara deve ser legítimo, conhecer sua real função e fazer valer o seu voto, MIGALHAS e FAVORES não te representam.
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