Trazido por Flávio Dino para colocar a comunicação governista nos trilhos, o comunista Ricardo Cappelli sonhou que revolucionária a divulgação do Palácio dos Leões com algoritmos.
A ideia de Cappelli era interessante no papel. Investir nas emissoras dos Sarney, atendendo os pedidos do comunista Orlando Silva em favor de Fernando Sarney, e gastar um montante inferior em algoritmos e sistemas de disparo em massa, tal qual Jair Bolsonaro fez nas eleições de 2018.
A Mirante lavou a burra. Durante a pandemia embolsou 30 milhões na Secom e na Secretaria de Educação. Blogs, portais, rádios comunitárias foram varridos do plano de mídia do governo.
O problema é que Cappelli não conhecia o Maranhão. Ele não levou em consideração o apagão digital em que o estado está inserido, onde somente 18% da população tem acesso à internet e redes sociais. Por aqui, as famílias priorizam a alimentação e as que possuem aparelho de celular costumam recarregá-los de mês em mês apenas para fazer ligações.
A estratégia de Cappelli falhou miseravelmente. Afastou Flávio Dino da imprensa, transformou o então governador em garoto propaganda da Mirante, exaltando diariamente a contradição de quem ascendeu na política como adversário dos Sarney, e paralisou a divulgação das ações político-administrativas do governo.
Dino agora paga o preço dos equívocos de Cappelli com isolamento. E o governador Carlos Brandão não está disposto a carregar essa cruz durante os meses que lhe restam de governo.
Por Felipe Mota.
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