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Prefeito Ivo Rezende. |
Nos
últimos dias de seu mandato, o prefeito de São Mateus do Maranhão, Ivo Rezende,
abriu uma licitação milionária avaliada em mais de R$ 40 milhões, equivalente a
cerca de R$ 3,4 milhões por mês. O objetivo é contratar serviços terceirizados
para as secretarias do município. No entanto, o pregão eletrônico é alvo de representação
no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), devido a uma série de
irregularidades que podem trazer prejuízos aos cofres públicos.
Na
denúncia, a empresa Tática Assessoria e Gestão LTDA busca suspender a
licitação, apontando falhas como ausência de previsão orçamentaria e a existência
de contratos semelhantes ainda vigentes. Além disso, o edital é criticado por
impor exigências restritivas, como necessidade de certificados considerados desnecessários
e a inclusão de cargo incompatíveis com a terceirização, como agentes de
carceragem e trabalhos da construção civil.
A
representação também acusa o município de violar a Lei de Responsabilidade
Fiscal, que proíbe o aumento de despesas nos 180 dias finais de mandato. Segundo
a empresa denunciante, a licitação não apenas infringe leis orçamentárias e de licitações,
mas também representa uma tentativa de ignorar princípios constitucionais, como
moralidade, publicidade e transparência.
Diante
disso, a Tática Assessoria e Gestão LTDA solicita ao TCE-MA que reconheça a
gravidade das irregularidades apontadas e conceda uma medida cautela para
suspender imediatamente o pregão. A empresa também requer a correção dos
problemas identificados no edital, garantindo que o processo licitatório seja
competitivo e transparente, e pede que nenhum ato administrativo relacionado à
licitação seja realizado enquanto o caso estiver sob análise, sob pena de multa.
A
representação exige ainda que os responsáveis pela licitação, incluindo o
prefeito Ivo Rezende Aragão, o secretário municipal de Finanças e
Desenvolvimento Econômico, Thiago Rezende Aragão, e o pregoeiro municipal
Kesley Sousa de Sousa, sejam convocados a se manifestarem sobre as denúncias. Caso
as irregularidades sejam confirmadas, a empresa pede a anulação do pregão e a
publicação de um novo edital que respeite a legalidade e os princípios constitucionais.
O
caso está sob análise da conselheira Flávia Gonzalez Leite, do TCE-MA, que
deverá decidir sobre a concessão da medida cautela para suspender o certame e
iniciar uma investigação detalhada das irregularidades apontadas.
É aguardar...
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