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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Câmara de São Luís Gonzaga repassa quase R$ 50 mil a pequeno comércio de Bacabal para fornecimento de material de limpeza...

Greison Ribeiro Araújo, presidente da Câmara de Vereadores de São Luís Gonzaga.

Câmara Municipal de Vereadores de São Luís Gonzaga do Maranhão, firmou contrato para o fornecimento de material de consumo, especificamente materiais de limpeza, com o Comercial Alves, um pequeno estabelecimento sediado no município de Bacabal, localizado no bairro Areal, nº 42, e pertencente a Adson Araújo Alves.

O contrato teve início em 26 de junho de 2025 e possui vigência até 31 de dezembro de 2025, conforme previsto no Termo de Referência, e em seus anexos. Até o momento, já foram pagos R$ 46.609,78, valor próximo de R$ 50 mil, integralmente quitado em parcelas mensais e sem qualquer retenção registrada.

Os repasses foram realizados em duas séries de ordens de pagamento, totalizando dez pagamentos entre julho e novembro de 2025.

Grupo 1

·       15/07/2025 – R$ 6.013,60

·       18/08/2025 – R$ 2.993,50

·       23/09/2025 – R$ 6.359,05

·       05/11/2025 – R$ 7.251,15

·       28/11/2025 – R$ 7.867,75

Total: R$ 30.485,05.

Grupo 2

·       15/07/2025 – R$ 2.673,00

·       18/08/2025 – R$ 2.816,26

·       23/09/2025 – R$ 3.563,78

·       05/11/2025 – R$ 3.532,56

·       28/11/2025 – R$ 3.539,13

Total: R$ 16.124,73

Um ponto que chama atenção é que a empresa contratada, Comercial Alves, com CNPJ 47.237.929/0001-00, possui capital social declarado junto à Receita de apenas R$ 2.000,00, valor considerado muito baixo diante do montante já recebido por meio do contrato público firmado através de “Dispensa de Licitação”. Esse dado levanta questionamentos sobre a capacidade econômico-financeira da empresa para atender, de forma contínua e adequada, às demandas da Câmara Municipal.


Outro aspecto que merece análise é o fato do contrato ter sido firmado com um comércio de outro município, enquanto São Luís Gonzaga do Maranhão também possui estabelecimentos enquadrados como (ME), que poderiam, em tese, disputar o fornecimento e manter os recursos públicos circulando dentro da própria economia local.

Embora a contratação de empresas de outros municípios não seja ilegal, a situação reforça a necessidade de maior transparência sobre futuros critérios adotados nos processos licitatórios, a competitividade real dos certames, e a vantajosidade econômica para o próprio município.

O contrato segue válido até 31 de dezembro de 2025, o que significa que novos pagamentos ainda podem ocorrer até o encerramento do atual exercício.

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