A
Polícia Federal desencadeou, nas primeiras horas desta terça-feira (18), uma
megaoperação para identificar e capturar os responsáveis pelo assalto à agência
da Caixa Econômica Federal de Vitorino Freire, ocorrido em 22 de marco deste
ano. A ofensiva, intitulada Operação Stamp, cumpre 17 mandados judiciais em três
estados – Maranhão, Piauí e São Paulo, e representa um avanço significativo nas
investigações sobre o crime praticado com a tática criminosa conhecida como novo cangaço.
De
acordo com a PF, a ação criminosa foi executada por um bando formado por seis
assaltantes armados com fuzis. O grupo rendeu seis pessoas na parte externa da
unidade bancária, utilizando as vítimas como escudo humano, enquanto detonava
explosivos para acessar o cofre e os caixas eletrônicos. O ataque, marcado pela
violência e precisão, resultou no roubo de cerca de R$ 1,6 milhão. Após a fuga,
os criminosos liberaram os reféns em segurança em diferentes locais do
percurso. Toda a ação foi registrada por moradores que estavam nas
proximidades.
A
Operação Stamp mobiliza 51 agentes federais e cumpre 11 mandados de busca e apreensão
e seis mandados de prisão temporária. As ordens judiciais são cumpridas em Paço
do Lumiar, Imperatriz, Santa Inês e Bacabal, no Maranhão; Paranaíba, no Piauí;
e Miracatu, no interior paulista. As investigações apontam que o grupo possuía atuação
interestadual, com estrutura organizada, divisão de tarefas e apoio de criminosos
especializados em explosivos.
Os
policiais buscam celulares, documentos, veículos e possíveis armamentos
utilizados no assalto. A PF também apura o envolvimento de outros suspeitos que
possam ter colaborado com o planejamento, a rota de fuga e a ocultação do
dinheiro roubado. Todo o material apreendido será encaminhado à perícia, que
deve reforçar o conjunto probatório já existente.
Os detidos poderão responder por roubo qualificado com uso de arma de fogo, associação criminosa e participação em organização criminosa. Somadas, as penas podem ultrapassar 28 anos de prisão.
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