A ponte Juscelino Kubistchek, que desabou no último domingo (22) e
deixou ao menos dois mortos e 12 desaparecidos, já apresentava “vibrações
excessivas” em janeiro de 2020, mostra documento do Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes (DNIT). A estrutura ligava os municípios de Aguiarnópolis (TO) e
Estreito (MA).
Além disso, o Dnit viu danos no balanço lateral da ponte e
irregularidades na geometria das lâminas – os pilares achatados que sustentavam
a estrutura estavam tortos, e era possível ver a olho nu. Também expos que as
armaduras (ferragens) se encontravam expostas e corroídas. Haviam fissuras em
todo os pilares.
“As condições atuais da OEA [Obra de Arte Especial] merecem atenção,
pois verifica-se vibrações excessivas e desgaste de suas estruturas e do seu
pavimento”, diz o termo de referência, que é baseado em um memorial de 2020.
O Dnit anexou o termo de referência e o memorial foram anexados a
um edital do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas (Proarte) de R$
13 milhões lançado em maio para contratar a empresa para fornecer estudos preliminares
e executar obras de reabilitação da ponte. A licitação, todavia, fracassou, sem
vencedor.
No termo, o departamento mostrou que a reabilitação da estrutura
era necessária para que a “integridade e segurança passem a ser compatíveis com
as normas atuais”.
“A contratação que por ora é proposta tem como objetivo dar
melhores condições de segurança e trafegabilidade na rodovia BR-226/230, que
interliga os estados do Maranhão e Tocantins, e reabilitar e aumentar a
sobrevida desse importante e histórico patrimônio público da infraestrutura rodoviária
federal”, acrescentou o órgão.
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