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terça-feira, 1 de julho de 2025

BACABAL: A banalização da dor nas redes sociais, uma clara falta de empatia e respeito com as vítimas e seus familiares...

Nos últimos tempos, tem se tornado cada vez mais comum a circulação de vídeos e fotos de tragédias divulgadas por alguns integrantes da imprensa – e também por “influenciadores”, sem o devido cuidado com a dignidade das vítimas e o respeito à suas famílias.

Os absurdos são inúmeros, desde corpos expostos, rostos nítidos e desfigurados, cenas chocantes, imagens publicadas sem qualquer tipo de desfoque, ou no mínimo advertência, numa corrida desenfreada por cliques, seguidores, e audiência que ignora o básico da ética jornalística – a humanidade.

Mais do que uma infração de princípios profissionais, esse tipo de conteúdo revela uma profunda falta de empatia. A vítima, reduzida a uma imagem sensacionalista, perde a identidade e a dignidade em meio a curtidas e compartilhamentos. E os familiares, já devastados pela perda, têm sua dor amplificada ao verem o corpo de um ente querido sendo exposto publicamente, muitas vezes antes mesmo de receberem uma confirmação oficial da morte.

É preciso que alguns profissionais de imprensa, não só em Bacabal, mas no estado do Maranhão, parem e reflitam sobre seus atos, onde está o limite? O jornalismo tem o dever de informar, sim – mas com responsabilidade. Mostrar a realidade não significa explorar a tragédia. Há formas de cobrir acidentes, crimes e desastres com sensibilidade, preservando a integridade das vítimas e de seus familiares.

A imprensa – e todos nós, como sociedade, precisamos resgatar a empatia. A vida humana não pode ser tratada como espetáculo. O respeito à dor alheia deve sempre vir antes da audiência. Lembre-se meus nobres colegas de imprensa, é desumano transformar a dor em conteúdo, principalmente por meio de vídeo que mostra o corpo de uma adolescente que morreu por afogamento, cadê o bom senso? Cadê a ética? Cadê a empatia? Informar é importante, mas, jamais à custa da exposição cruel de alguém que não pode mais se defender. O respeito deve vir antes da audiência.

Fica a dica... 

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