Governador Carlos Brandão e o presidente da Famem e também prefeito de São Mateus, Ivo Rezende. |
O
deputado estadual Othelino Neto denunciou, na última quinta-feira (29), o
governo do Maranhão por aplicar um novo calote. Desta vez, segundo o
parlamentar, a inadimplência é contra os 217 munícipios e com o apoio da
Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM).
Na
tribuna da Assembleia Legislativa, Othelino Neto criticou, a absurda proposta
de parcelamento de reposição de perdas do ICMS (Imposto sobre Operações
Relativas à Circulação de Mercadorias) às prefeituras.
“O
Estado não pagou a conta e diz: eu só te pago se tu fizeres isso aqui e se tu
pagares 15% para os advogados. Nada contra os honorários advocatícios. São, em
regra, legítimos. Mas, se tem alguém que não tem que pagar é o município, é o
povo daquela cidade”, comentou o deputado.
Durante
a sessão plenária, Othelino Neto avisou que entrará com uma representação,
junto ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), para “evitar mais
uma tentativa imoral do governo de impor mais prejuízos aos municípios”.
O
governo do Maranhão recebeu R$ 535 milhões, em novembro do ano passado,
referentes a essas perdas, e deveria ter repassado aos municípios R$ 95 milhões
e não o fez;
“Absurdo
essa situação! A Famem, ao invés de defender os municípios; une-se ao governo
do estado, para ainda prejudicá-los”, frisou.
Segundo
Othelino, com o apoio da Famem, o governo Carlos Brandão quer ainda que os
prefeitos assinem um acordo para o pagamento em sete meses e, ainda por cima,
autorizando a contratação de um escritório de advocacia que consumirá 15% dos
recursos de cada município.
“Ou
seja, o governo, além de ainda não ter pago um montante que já recebeu, quer
parcelar o obrigar os prefeitos a contratarem os advogados que vão consumir 15%
dessas receitas”, denunciou Othelino.
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