A
Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (28), a Operação
Bazófia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada
em fraudes envolvendo Auxílio Emergencial e operações bancárias eletrônicas contra
a Caixa Econômica Federal, além de outras práticas ilícitas que seguem em
apuração.
Cerca
de 90 policiais federais foram mobilizados para cumprir 14 mandados de prisão e
19 mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina/PI e Bacabal/MA. Todas
as ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do
Piauí.
As
investigações indicam que os membros da organização acessavam as contas de beneficiários
do Auxílio Emergencial para efetuar pagamentos de boletos bancários, esvaziando
assim os recursos das vítimas. Os valores desviados eram transferidos por meio
de várias transações para outras contas, até serem direcionadas a contas de “laranjas”,
utilizadas para saques ou depósitos. Há indícios de que os investigados também praticavam
outras fraudes bancárias e faziam uso de outros benefícios sociais do governo.
Foi
identificado ainda um esquema de lavagem de dinheiro, operado por meio de
empresas de fachada, no qual os recursos eram empregados na aquisição de bens
com o objetivo de disfarçar sua origem ilícita.
O
valor do prejuízo causado pela organização criminosa ainda está sendo apurado,
devido à complexidade do esquema e à variedade de fraudes identificadas, que
incluem não apenas crimes relacionados ao Auxílio Emergencial. No entanto, é
possível afirmar que os valores desviados são expressivos, com base no padrão
de vida ostentado pelos investigados e nos veículos de luxo utilizados pelos
membros da organização.
Os
investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, furto
qualificado, lavagem de dinheiro e invasão de dispositivo eletrônico, além de
outros que venham a ser constatados no decorrer do processo investigativo.
A Operação Bazófia foi deflagrada dentro do bojo da Operação Não Seja um Laranja, promovida pela Polícia Federal em âmbito nacional, e seu nome provém da ostentação demonstrada pelos investigados em suas redes sociais.
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