Não é novidade nenhuma que assim
como em várias cidades pelo Brasil à fora, a imprensa marrom, com seu
jornalismo sensacionalista, gera consequências na sociedade, em Bacabal
infelizmente, não é diferente.
Entretanto, é sempre bom destacar
que há uma enorme diferença entre bem informar, com um jornalismo sério e comprometido,
com informações previamente averiguadas/investigadas, e a imprensa marrom, essa
última, que leva prejuízo ao jornalismo transparente e honesto com seu público
alvo – o que claro, gera reações em meio a sociedade.
Hora, a imprensa marrom é sinônimo
de um jornalismo de gosto duvidoso, e que impressiona por seu potencial de
criar e lançar uma notícia exagerada ou falsa, o que compromete a essência do
bom jornalismo é justamente os padrões de qualidade seguidos pela imprensa
convencional, e que são deixados de lado por essa imprensa marrom em Bacabal e
na região do Médio Mearim – que é a chamada ética profissional.
Observando e às vezes até mesmo
lendo algumas dessas publicações em blogs, sites e portais de notícias, me
deparo com uma série de falhas, (eu também falho às vezes), e algumas das mais evidentes, pelo menos para
mim, é o sentimentalismo exacerbado dentro do conteúdo escrito. O lado
sentimental da matéria é focalizado com muito prioridade, visando acender as emoções
que o caso possa despertar no público, deixando o lado técnico e tópicos
importantes do ocorrido em segundo plano.
E é justamente nesse momento, do
sentimentalismo, que a “matéria” dos blogueiros, é informada apenas pelo lado
superficial, sem o aprofundamento necessário para instigar a reflexão no leitor.
Esta imprensa de má qualidade transforma as notícias em um midiático show,
principalmente em casos mais delicados – essa imprensa que é chamada de marrom,
tem por prioridade alimentar o ego de seus patrões,
em vez de cumprir o compromisso que o jornalismo tem com a sociedade – mantê-la
informada da melhor maneira possível. O público deixa de ser cidadão com
direito à informação para se tornar mero leitor de fuxicos.
Nesse caso poderia eu aqui alegar
como formador de opinião, que esse espaço garantido à imprensa marrom em Bacabal
e região, se dá devido a ignorância e a “pobreza” do seu público que garante
tanto espaço para esse tipo de conteúdo popularesco, e é fato que muitos desses
consumidores poder ser assim classificados; porém, observando aqui grupos com
pessoas com bom posicionamento em meio a sociedade, tanto no cenário financeiro
como do meio político, podemos afirmar que esse tipo de conteúdo
sensacionalista também gera interesse e
atrai pessoas de alto nível social, o que claro, acaba quebrando o paradigma de
que pobreza é acompanhada pelo mau gosto, e a riqueza o inverso.
BIZARRO.
É necessário afirmar que esses autoproclamados
“profissionais” publicam ou televisionam o inoticiável, em outras palavras,
matérias chulas de nenhuma importância, bizarras e que chegam a um nível cômico.
Isso acontece com frequência em
Bacabal devido aparentemente haver um público muito interessado em ler e/ou
assistir futilidades. Esse tipo de “jornalismo” apresenta as notícias de
maneira circense; com seus textos, aliás, extremamente curtos, pois suas páginas são
cheias de fotografias, a imprensa marrom de Bacabal e região é fácil de
detectar e uma leitura fácil de se fazer, pois há pouco para ler ou assistir –
escrito da maneira vulgar como se fala na rua, trata-se de um jornalismo de
poucas palavras, ou comentários opiniosos através de seus apresentadores.
A imprensa imparcial e
transparente, tem o papel de bem informar; já os profissionais sensacionalistas apenas transmitem à
informação de sua maneira já peculiar, a notícia vira um “show”. Não há sequer um
cuidado devido que se deve ter com a narrativa, o que deixa a matéria apurada
de forma superficial. Em Bacabal e em outras cidades que a rodeia, existe há
muitos anos uma relação de conivência entre público e esse tipo de “profissional”,
pois assim como a mídia sensacionalista não se esforça em produzir bom jornalismo,
seus leitores ou telespectadores também não estão interessados em “apenas”
serem informados de maneira correta. Com o passar dos anos esses ditos cujos
blogueiros e profissionais da imprensa televisa, absolveram o entendimento de
que a notícia não é tão interessante sendo somente informada, pois descobriram
que seus tipos de público querem consumir os “detalhes” emocionais do ocorrido,
sendo verdade, ou simplesmente "achismo".
Enquanto isso, a classe tem seguido cada vez mais desunida; com "uns queimando os outros", tudo por meras questões políticas.
É aguardar...