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É de conhecimento público que os partidos políticos tem um papel
imprescindível na política de um país, tanto nas eleições quanto na
preparação dos candidatos. Historicamente os partidos políticos, no
Brasil, existem desde a primeira metade do século XIX. Naquela época
foram mais de 200 legendas.
A grande pergunta é: por que existem tantos partidos políticos
no Brasil? Esse é um questionamento que deve ser feito, já que cada nova
legenda, os partidos políticos brasileiros recebem acesso aos recursos do Fundo
Partidários, vindo do Tesouro Nacional. Nos termos do Art. 17 da Carta Magna, é
livre a criação, incorporação, fusão, e extinção de partidos políticos e não há
como disputar um cargo eleitoral, se o candidato não for filiado a um partido.
Claro que para a democracia funcionar, são necessários dois
princípios: o voto e os partidos políticos. O primeiro é a representação do
povo, o segundo deveria servir para exprimir e formar a opinião pública, visto
que, teoricamente, cada um de seus integrantes compartilha das mesmas ideias e
opiniões.
Seria, também, papel do partido político levantar, perante o
eleitorado, todos os problemas que devem ser respondidos e apresentar um plano
de programa que propõe realizar, caso seu candidato conquiste o poder. Além
disso, poderíamos creditar aos partidos políticos o papel de preparar os
candidatos para exercer suas funções públicas, cumprindo um papel de formação
ética, política e administrativa de seus partidários para as funções públicas.
A diversidade de bancadas, com pensamentos diferentes, causa uma
inconstância na vida política brasileira, criando uma fragilidade dos partidos
que fica clara com a mobilidade de muitos políticos que trocam de legendas em
busca de suas conveniências pessoais, esquecendo que, ao assumir um cargo
público e político, eles passam a representar uma parcela da população.
Muito temos falado em Reforma Política. Ideias como “ficha
limpa” dos candidatos são projetos que devem ser valorizados. Contudo, também é
preciso avaliar as permissões para criação de tantos partidos de forma racional
e não visando apenas estratégias políticas. Os países desenvolvidos não
funcionam dessa forma e, talvez, com mudanças assim, seja possível elevar a
credibilidade das instituições políticas brasileiras.
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