Enquanto a maioria da população do município de Paulo Ramos sequer
tem dinheiro para uma passagem de van, ônibus ou taxi para suas viagens
intermunicipais, os cofres da prefeitura estão servindo para bancar viagens aéreas
luxuosas com o dinheiro do contribuinte.
Para se ter uma ideia, somente no ano de 2023, terceiro ano do primeiro mandato de Adailson Machado, sua administração contratou a empresa PSC Viagens e Turismo Ltda; com o objetivo de agenciamento de viagens, incluindo passagens aéreas, terrestres, traslados, hospedagens e seguro de assistência em viagens. O contrato fez parte do Pregão Eletrônico nº 022/2023-SRP, no valor de R$ 443.070,40 (quatrocentos e quarenta e três mil, setenta reais e quarenta centavos), quase meio milhão de reais.
A empresa PSC Viagens e Turismo Ltda localizada no município de Açailândia no Maranhão, de acordo com seus dados no
site da Receita Federal, possui um capital social de R$ 100 mil, obtendo no ano
de 2022, um lucro de R$ 138 mil. Além de um ativo total de R$ 244.930,14. Ou seja,
mesmo com um patrimônio menor, a empresa abocanhou um contrato gordo com a
gestão de Paulo Ramos.
Transparência
A falta de transparência sobre esses gastos tem chamado atenção; não
há por meio de dados comprobatórios, informações públicas detalhadas de como
esse valor foi gasto, incluindo sua total efetivação utilizada. Isto é, caso
tenho sido, quais foram as viagens realizadas? Para quais destinos? Foi a
trabalho? Quais servidores públicos utilizaram esses serviços?
A verdade é que, até o momento, de certo o contrato permite
despesas com passagens, hotéis e traslados para secretários municipais,
servidores e o próprio prefeito Adailson Machado, tanto dentro do Brasil,
quando para o exterior.
Em uma cidade em que a população é carente de quase tudo, desde a
educação de péssima qualidade para crianças e adolescentes, saúde pública oferecida
pela gestão, além da falta de infraestrutura, realmente seriam necessários quase
meio milhão de reais em passagens aéreas? Cabe ao Ministério Público levantar
questionamentos sobre a real necessidade de um contrato tão generoso desse
porte em um município com tantas prioridades.
É aguardar...
Colaboração/Rômulo Oliveira
Edição/Vanilson Rabelo.
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