A Polícia Civil do Maranhão deflagrou, nesta quarta-feira (30), a
Operação Dinheiro Sujo, com o objetivo de desarticular uma organização
criminosa suspeita de promover jogos de azar e lavar dinheiro por meio das
redes sociais.
A ação, coordenada pela Superintendência Estadual de Investigações
Criminais (SEIC), foi realizada em São Luís e cumpriu mandados de busca e apreensão,
além do sequestro de bens de alto valor.
Entre os alvos da operação estão seis influenciadores digitais,
incluindo Tainá Sousa, conhecida por divulgar o jogo ilegal popularmente
chamado de “Tigrinho”, além de Otávio Filho, Neto Duailibe, Otávio Vitor Lima,
Andressa Tainá Sousa e Maria Angélica. Na residência de Andressa Tainá Sousa
foram apreendidos aparelhos eletrônicos e documentos que devem reforçar as investigações.
A Justiça autorizou o bloqueio de R$ 11.424.679,00 em contas
ligadas ao grupo investigado, bem como o sequestro de veículos de luxo, entre
eles uma Range Rover Velar, uma Range Rover Evoque, uma BMW, uma Toyota Hilux e
uma moto aquática. Celulares, computadores e outros objetos também foram apreendidos.
Ninguém foi preso.
Segundo a Seic, os suspeitos usavam as redes sociais para atrair
vítimas com promessas de lucros fáceis por meio de plataformas de apostas no estilo
caça-níquel. Influenciadores contratados induziam seguidores a realizarem
depósitos e movimentarem grandes quantias de dinheiro. A estrutura criminosa também
incluía uma gerente encarregada da administração de grupos de WhatsApp voltados
à captação de apostadores, além de uma advogada responsável pela lavagem dos
valores obtidos ilegalmente.
A líder da organização, apontada como principal investigada, já
possui antecedentes por furto qualificado e maus-tratos a animais. Em um dos
episódios, chegou a utilizar o cartão de créditos de uma pessoa falecida no
mesmo dia do óbito. Em outra ocasião, publicou nas redes sociais um vídeo em
que forçava seu cachorro a ingerir bebida alcoólica.
A Operação Dinheiro Sujo é mais uma ofensiva da Polícia Civil do Maranhão contra o uso das redes sociais para práticas criminosas com fins lucrativos.
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