Prefeitos
de dois municípios da Baixada Maranhense, estão sendo acusado de utilizar a
decretação de “situação de emergência”, como manobra para escapar dos trâmites
legais em contratações públicas.
O
prefeito de Matinha, Nilton Everton, e a prefeita de Arari, conhecida como
Simplesmente Maria, assinaram decretos no dia 30 de abril, alegando supostos
danos causados pelas chuvas para justificado o estado de emergência.
Ambos
os decretos estabelecem situação de emergência pelos próximos 180 dias, o que
abre brecha para a dispensa de processos licitatórios em diversas áreas da administração
municipal. Contudo, vereadores e moradores contestam a real gravidade das
alegadas tragédias climáticas.
Em
Arari, a vereadora Aurinete Freitas declarou estar perplexa com a medida. “Está
chovendo, sim, mas nada fora do normal. O que há são ruas esburacadas por falta
de manutenção. Falar em tragédia é um exagero”, afirmou. A parlamentar também
criticou a falta de transparência e alertou os órgãos de controle sobre possíveis
irregularidades.
Em Matinha, a situação não é diferente. Moradores relatam que os problemas enfrentados no município são antigos e recorrentes, e que o decreto parece mais uma tentativa do prefeito Nilton Everton de fugir dos processos legais e direcionar contratos a aliados políticos.
Os
decretos, assinados no mesmo dia e com justificativas semelhantes, levantas
suspeitas de um possível esquema coordenado entre as duas gestões. Segundo denúncias,
a alegação de desastre natural não se sustenta na realidade local, o que pode
configurar tentativa de burla à legislação e desvio da finalidade dos recursos
públicos.
Entidades
de fiscalização, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado,
devem ser acionados para apurar se houve exagero proposital na decretação da emergência
com o intuito de favorecer contratações sem licitação. O uso indevido dessa
prerrogativa fere princípios constitucionais da administração pública, como a
legalidade, impessoalidade e moralidade.
Enquanto
isso, a população segue enfrentando buracos, abandono e promessas vazias, enquanto
as gestões locais parecem mais interessadas em driblar a lei do que em resolver
os problemas reais das cidades.
É
aguardar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do editor do Blog do Vanilson Rabelo. Ficando responsabilizado (a), quem o escreveu.