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O Major André Felipe dos Santos de Carvalho foi morto por criminosos que o abordaram para roubar seu cordão e aliança, ambos de ouro, segundo investigação policial. |
Negociação entre supostos empresários do ramo de joias e
criminosos já teria causado outro assassinato na capital.
A Polícia Civil investiga a relação entre a morte do Major da
Polícia Militar do Maranhão, André Felipe dos Santos de Carvalho, 35 anos,
ocorrida no último dia 30, em confronto a tiros com criminosos, próximo à
rotatória do bairro São Francisco, em São Luís, com um esquema de compra e
venda de joias de ouro que opera na capital. A máfia teria sido responsável por
outro assassinato na cidade, registrado no bairro Cruzeiro do Anil, no início
de abril.
Segundo já foi apurado pela Polícia Civil, os dois autores do homicídio
do major André Felipe, identificados como “Juninho”, morto no dia seguinte ao
crime, ao reagir ao cerco policial no bairro Ilhinha, e Caio Lúcio Câmara dos
Santos, o ‘CL”, preso em flagrante no município de Barreirinhas, para onde se
evadiu, perseguiram e abordagem o oficial da PM, em uma motocicleta, com a
intenção de roubar o cordão e a aliança do militar, ambos de ouro.
Em seu depoimento, CL declarou que, a princípio, a vítima do
assalto seria uma mulher, que estaria fazendo compras na região comercial do bairro
São Francisco, usando joias de alto valor comercial. No entanto, ao se
aproximar, a dupla constatou que o alvo se tratava de um homem.
Receptação no
centro.
Ainda de acordo com o criminoso preso, o cordão e a aliança do
major já teriam destino certo: um ponto de comercialização de objetos de ouro
localizado no Centro, onde, segundo ele, os proprietários não costumam
perguntar a procedência dos produtos oferecidos para venda por qualquer pessoa.
Na oitiva, o bandido capturado revelou, também, que a divisão dos
valores do cordão e da aliança do major André Felipe já havia sido
estabelecida, para partilha entre ele, o comparsa e a facção criminosa a qual a
dupla era ligada, antes da concretização do crime. CL informou que as joias
estavam avaliadas em R$ 60 mil, mas seriam vendidas por um preço bem abaixo do
praticado no mercado. Dessa quantia, a organização criminosa ficaria com R$ 20
mil e ele e “Juninho” ganhariam R$ 1 mil, cada um.
Morte anterior
O esquema de compra e venda de ouro procedente de ações criminosas
já teria causado uma morte anterior em São Luís. A vítima, segundo as
investigações, foi o empresário Mauro Jorge André, 65 anos, assassinado a
tiros, no dia 3 de abril deste ano, ao ser abordado por dois homens, que também
se aproximaram em uma moto, enquanto a vítima tomava cerveja na área externa da
loja de conveniências de um posto de combustível situado na Avenida São
Sebastião, no bairro Cruzeiro do Anil. A polícia prendeu dois suspeitos de
cometer o crime, mas um deles foi solto dias depois.
Diante dos fatos ocorridos e das pistas já levantadas, a Polícia Civil deve deflagrar, a qualquer momento, uma operação para desarticular o esquema de compra de ouro roubado em São Luís.
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