O
ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, informou, hoje, que a Polícia Federal
abriu uma investigação para apurar a origem do metanol usado para batizar
bebidas alcoólicas no estado de São Paulo. Segundo ele, é possível que essa rede
de distribuição da substancia atue também em outros estados.
O
metanol é altamente tóxico e pode levar à morte. No estado de São Paulo, seis
casos de intoxicação foram confirmados, incluindo três mortes, e dez estão em investigação.
Um outro foi descartado. De acordo com o Ministério da Saúde, não há indícios de
novos casos. A PF disse que não foi identificada uma marca ou importação específica.
“Na
segunda-feira, determinamos ao Dr. Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, que
abrisse um inquérito policial para verificar a procedência dessa droga e a rede
possível de distribuição que, ao que tudo indica, transcende o limite de um
único estado. Tudo indica que já distribuição para além do estado de São Paulo”,
disse Lewandowski.
Segundo
ele, o “número elevado e inusitado” de intoxicações por metanol em São Paulo
chamou a atenção porque foge do padrão, pois normalmente, a ingestão da substância
ocorre por pessoas em situações de vulnerabilidade. Diante desse cenário, um
sistema do governo federal que recebe informações de todo o país quando há
intoxicação por causas desconhecidas emitiu um alerta nacional.
No
sábado (27), a Secretaria de Defesa do Consumidor divulgou uma nota técnica
para todos os estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas para tomarem
cuidado com bebidas que pudessem estar contaminadas – atentando, por exemplo,
para rótulo ou embalagem com aspecto diferente.
Os estabelecimentos onde se identificou que havia bebida contaminadas vão receber notificação do Ministério da Justiça para descobrir os fornecedores, quem manipulou as bebidas e que tipo de bebida as vítimas consumiram.
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