Após decisão do ministro Edson Fachin de anular todas as condenações do ex-presidente Lula (PT) na Lava Jato, o tabuleiro da política nacional sofreu um grande revés que obrigou a Presidência da República a se movimentar. A estratégia política para os estados teve que ser revista. É o que afirmam setores ligados ao presidente.
No Maranhão, o nome da atual prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, que foi a candidata de Bolsonaro ao governo em 2018, foi mais uma vez levantado como o mais forte para disputar as eleições de 2022.
A prefeita é cogitada como contraponto aos setores de esquerda no Maranhão. Seu recall político e sua força na Região Tocantina, por exemplo, dão peso a essa tese.
A força de Lula no Maranhão é indiscutível, como também é indiscutível seu poder de transferência de votos quando seu nome é posto em votação. O entendimento é que apenas um nome que seja conhecido por todo o estado e que tenha relevância nas principais cidades maranhenses, pode ser capaz de montar um palanque consistente para Bolsonaro, com chances reais de enfrentamento ao lulismo enraizado principalmente nas cidades do interior.
Com forte apoio na Região Tocantina, onde teve votação expressiva em todos os municípios, a exemplo de Imperatriz, onde venceu a ex-governadora Roseana, e Açailândia, onde empatou com a ex-governadora em segundo lugar, além dos seus mais de 56 mil votos na capital, Maura Jorge volta a ser o projeto mais viável para capitanear o processo político da direita maranhense. Tanto para a disputa presidencial, quanto para alavancar bolsonaristas para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal.
Resta saber se a prefeita abdicará de dois anos de mandato à frente da Prefeitura para mais uma vez se colocar à disposição da política estadual.
Do Gilberto Leda.
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