Dados divulgados na última sexta-feira (02), pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o Brasil tem mais estabelecimentos
religiosos que unidades de saúde e escolares juntas. Segundo detalhamentos do
Censo 2022, do total de endereços, 579,8 mil são relativos a finalidades
religiosas, independente de qual seja a crença. Isso inclui igrejas, sinagogas,
templos, centro espiritas e terreiros, por exemplo.
Os estabelecimentos de ensino somam 264,4 mil localizações,
enquanto os de saúde totalizam 247,5 mil endereços.
O levantamento considera a utilização final do imóvel, e não a
administração do estabelecimento. Por exemplo, uma escola católica conta com
uma unidade de educação, e não como localização religiosa. O mesmo vale para um
hospital mantido por santa casa, que é contabilizado como endereço com
atividade de saúde.
A localização exata desses pontos e o tipo de utilização
foram capturados por meio de georreferenciamento durante visitas dos
recenseadores nos 5.568 municípios brasileiros nos 26 estados e no Distrito
Federal.
Foi a primeira vez em que o instituto identificou a
localização precisa e o tipo de finalidade de todos os endereços do país.
Finalidades.
Dos 111,1 milhões de pontos mapeados, 90,6 milhões são domicílios
particulares, prédios residenciais e casas, por exemplo isso representa 81,5%
do total.
A segunda utilidade mais comum são as chamadas outras
finalidades, que representam 10,5% do universo pesquisado. São 11,7 milhões de
endereços que funcionam como lojas, bancos, prédios públicos, shoppings, entre
outros.
Os recenseadores identificaram 4,1 milhões de
estabelecimentos relacionados a atividades agropecuárias e 3,5 milhões de
edificações em construção ou reforma. Em 2022, o Brasil tinha 104,5 mil domicílios
coletivos, como asilos, pensões e penitenciárias. Os dados estão disponibilizados
à sociedades em mapas interativos no site do IBGE, por meio da Plataforma
Geográfica Interativa e do Panorama.
Utilidade.
O IBGE explica que os dados em grau máximo de detalhamento são
de fontes de informações entre outros fins, para elaboração de políticas
públicas e pesquisas acadêmicas. Por exemplo, é possível saber com precisão
onde estão localizadas unidades de saúde de uma determinada localidade e
quantas pessoas vivem no raio de influência desses estabelecimentos.
“É preciso saber onde a população está concentrada, como ela
está distribuída e qual a utilização que é destinada a cada uma das edificações
construídas no país”, afirma o instituto.
Redação/Vanilson Rabelo.
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