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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

ELEIÇÕES 2018: Vai começar pra valer o jogo da sucessão




Passada a folia de Momo, todas as atenções da classe política se voltam agora para as eleições de outubro próximo, quando estarão em jogo os cargos de governador, vice-governador, duas cadeiras no Senado, dezoito vagas na Câmara Federal e quarenta e duas na Assembleia Legislativa do Maranhão. O burburinho maior, e não poderia deixar de ser, gira em torno da sucessão governamental, onde os pré-candidatos já montam suas estratégias na esperança de conseguir os objetivos no pleito de outubro próximo.

Flávio Dino vai para a reeleição com uma robusta coligação, popularidade em alta e franco favoritismo para renovar o mandato, enquanto o grupo Sarney trabalhar para concluir as conversações e montagem de um consórcio de candidatos para servir de linha auxiliar à candidatura da ex-governadora Roseana (MDB). Acreditam os marqueteiros da pré-candidata que a única chance de levar o pleito para o segundo turno é o lançamento de diversos “laranjas” com a missão de tentar desconstituir a imagem do governador.

Principal articulador da candidatura da filha, o ex-senador José Sarney entregou a tarefa de agredir o chefe do Executivo ao truculento ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, um político polêmico, megalomaníaco, sem pudor ou credibilidade moral. Murad é acusado pela Polícia Federal de ter desviado cerca de R$ 1 bilhão da Saúde Pública do Maranhão, inclusive tendo sido levado à força para depor na PF na Operação Sermão aos Peixes, por conta dos escândalos de corrupção na pasta que administrou no governo da cunhada Roseana.

Sem a menor perspectiva de viabilidade eleitoral e com uma liderança restrita a Lago da Pedra, a ex-deputada Maura Jorge, uma eterna aliada da oligarquia, orientada por Roseana, lançou sua pré-candidatura pelo Podemos e é mais uma a se juntar ao consórcio sarneysista na tarefa de bater no governo, desgasta-lo junto ao eleitorado na esperança de ajudar a levar a eleição para um improvável segundo turno. O consorcio conta ainda com mais dois integrantes: Roberto Rocha (PSDB) e Eduardo Braide (PMN).

Isolado e sem ter com quem coligar, o senador Roberto Rocha, o “Asa de Avião”, lançou a pré-candidatura ao governo, mas em seguida submergiu, nunca mais deu uma declaração sobre sucessão e já começa levantar dúvidas na classe política sobre suas reais intenções. Muitos acreditam que ele irá recuar da candidatura para não sair do pleito desmoralizado e muito menor do que entrou. O senador carrega com ele a pecha de traidor por ter se elegido na sombra do governador Flávio Dino e se bandeado para a oligarquia, que dizia combater. A estratégia do senador é servir de linha auxiliar nas agressões ao governador que o elegeu.

E para completar o consórcio de candidatos auxiliares da ex-governadora dos precatórios da Constran, das malas de dinheiros entregues nos porões no Palácio dos Leões pelo doleiro marginal Alberto Youseff, preso na Operação Lava Jato; dos desvios e recursos públicos na Saúde e na Secretaria de Fazenda do Estado o velho Sarney escalou o deputado Eduardo Braide, que negocia um mandato de deputado federal para a esposa em troca da missão que lhe está sendo dada pelo oligarca de Curupu.

O time de candidatos deverá ser composto ainda por representantes dos partidos considerados de esquerda, tais como PSTU, PSOL, PCB. Como eles sempre divergem entre si, tudo indica que cada um deverá lançar candidato próprio para marcar posição. Diante deste quadro pós-carnaval o jogo da sucessão estadual começa a ser jogado pra valer e neste campo não há espaço para amadores, pois tudo indica que será bruto mesmo com a oligarquia Sarney estrebuchando e dando seus últimos suspiros.

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